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quarta-feira, 16 de novembro de 2011


           Desfez-se de toda a sua doçura e inocência. Abriu a janela, e a luz entrou no quarto a iluminar os restos do que ele já fora, a iluminar o invisível. Saiu deixando um corpo caído em sono profundo entre lençóis, e feras enlouquecidas palpitando em algum outro coração distante. A cada passo que dava sentia-se mais sujo, mais homem. E nada que faria dali pra frente mudaria o fato do ocorrido entre as feras naquelas horas escuras. Escuridão da noite escurecendo a alma. Feriu os olhos de sol, e transformou-se em tempestade. Sua ira se desfez em raios e relâmpagos tentando amenizar o descaso do que ele deixara para trás, mas que continuava a esperá-lo e o encontraria lá na frente, mesmo sem saber. Não, as pessoas nao entenderão a complexidade do ocorrido. Caso feito, tempo perdido, passos sujos, e o amarelo esquecido. E eu, eterna tradutora, jamais saberei se o foi esquecido por dias, semanas, ou meses… Mas e se jamais fora esquecido? O que entender do que ficou marcado ferindo a tradução dos atos impensados? 






Jaqueline Furlin

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